Abandono
Na correria do dia a dia
Ninguém nota aquela criança
Em farrapos e quase nua,
Que a bem dizer nasceu na rua
Sem saber o que é um carinho,
Um abraço, ou um beijo!
Vivendo sem a esperança,
De seguir um bom
Caminho!
Quase sempre escorraçada,
Seu lar é ali, na rua,
Seu leito, a dura calçada!
Seu cobertor, somente a lua!
Em seu sono agitado,
ou mesmo estando acordado
ela talvez até sonhe
Ser um daqueles meninos
Bem vestidos, bem calçados,
Que com as mães ao lado
Deixam a lojas de brinquedos
Com os braços
carregados!
Na sua ingenuidade talvez sinta
Que foi largada, abandonada!
Ninguém se dá conta,
Ela também é criança,
Ela também tem direito
De ser por alguém
amada!
Porto Alegre/RS
Antonia NeryVanti (Vyrena)
Enviado por Antonia NeryVanti (Vyrena) em 26/05/2011
Alterado em 24/07/2020