O amor e o tempo
Em que ponto de nossas vidas
nossos corpos e almas se separaram?
Como isso pode acontecer,
se éramos uma só alma, um só corpo?
Vivíamos um para o outro
sem pensar e mais nada
a não ser nosso amor?
Aos poucos, foi surgindo,
um incompreensível desapego,
um doloroso desgaste.
Desavenças foram somando,
os corpos não mais se atraíram,
as almas desoladas choraram sentidas.
A rotina chegou e com tudo acabou,
só restaram lembranças
daqueles dias de arroubos apaixonados,
daquele amor tão bonito
que pensávamos eterno seria.
Descobrimos, juntos e cedo demais,
que o amor não é para sempre,
como em nossa ingenuidade, pensávamos.
Como o tempo, como tudo na vida,
é mutável, incerto, intempestivo e traiçoeiro.
Porto Alegre/RS
http://sonhandocomvyrena.eu5.org/oamoreotempo/oamoreotempo.htm
Antonia NeryVanti (Vyrena)
Enviado por Antonia NeryVanti (Vyrena) em 27/05/2011
Alterado em 21/03/2019