Pobre menina de rua
Pobre menina de rua,
maltrapilha, descabelada,
tremendo de frio.
A fome estampada no rosto
e no corpo franzino... esguio.
Mesmo assim,
não arreda pé de seu ponto,
pois é dali que ela pede compaixão
aos passantes
que, em seus carros de luxo,
desfilam, bem nutridos e elegantes.
Muitos nem a olham,
e os que se dignam a um olhar
viram o rosto enojados.
Poucos são os que lhe dão uns trocados
que ela segura apertado na mão.
Pobre menina de rua!
Teve, algum dia, um lar?
Ou foi nascida do lixo
em que a humanidade teima
em se transformar?
05-6-2011
Antonia NeryVanti (Vyrena)
Enviado por Antonia NeryVanti (Vyrena) em 05/06/2011
Alterado em 10/03/2018