Insônia
Mais uma vez
O sono malvado
Escapuliu silencioso,
Como ele só.
É assim que ele foge,
De mansinho, nem dá para notar.
Quando me dou conta
Estou de olhos abertos,
Fitando a escuridão.
Escuto o silêncio da noite,
Que me traz boas
E más recordações
As más, empurro-as
Para os cantos mais escuros do quarto.
Não preciso senti-las
Esmagando meu coração.
Às boas, aconchego-me,
Como se fossem meu cobertor.
Abraço-as com carinho e sofreguidão,
Até que meus olhos se fechem ,
Acariciados pelo sono
Que, arrependido, encabulado,
Decidiu voltar...
Antonia NeryVanti (Vyrena)
Enviado por Antonia NeryVanti (Vyrena) em 10/05/2017
Alterado em 12/09/2017