Devaneios do pensamento
Pensativa, olho pela janela, mas nada vejo na escuridão lá fora.
O pensamento vaga por outras paragens, procurando tuas pegadas.
Preciso ver-te, necessito sentir teu olhar em mim
Desejo tuas mãos entre as minhas
Teu olhar dentro do meu
O calor de teu corpo fundindo-se ao meu.
Nem rastro de ti. Só ouço o rumor do vento...
Pensamento volta tristonho de sua caminhada sem rumo.
Fecho a janela devagarinho, imaginando se, quem sabe,
Não estás bem ali, atrás daquela árvore, que me fita,
imagino que ironizando de minha impaciência
ou mesmo demência, por imaginar-te ali.
Fecho total e bruscamente a janela.
Volto lentamente ao leito… enrosco-me no cobertor
mesmo sentindo um calor que vem do coração machucado
Da alma ferida pela desilusão.
Mas, a esperança continua ali, aconchegada a mim
murmurando : Amanhã é outro dia,
Com certeza serás recompensada da desilusão sofrida.
Aguarda o amanhã, não chora ainda…. A sorte te sorrirá
E tua felicidade com ela, chegará sorrindo também.
Tua esperança não pode e não deve morrer.
Antonia NeryVanti (Vyrena)
Enviado por Antonia NeryVanti (Vyrena) em 10/05/2018