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Mamãe
Quantas vezes percebi
a suavidade de tuas mãos acariciando-me
através de teu ventre intumescido,
Porque me sabias ali,
Resguardada, protegida,
No casulo de tuas entranhas!
Sentia-me amada, desejada,
Ansiosamente esperada
Por ti!
Lembro tuas noites de insônia,
Sonhando ter-me em teus braços,
Imaginando meu primeiro sorriso,
Meus primeiros trôpegos passos!
Quando , finalmente resolveste
Iluminar-me com a luz do mundo,
Notei que sorrias apesar da dores.
Notei também as lágrimas
Que escorriam contra tua vontade,
Mas que não conseguias controlar,
Tão forte era a emoção
De enfim poder me abraçar,
Embalar-me junto a teu coração!
Cresci sob tuas asas,
Debaixo de tua proteção,
De teu amor e teu carinho!
Mamãe,
Deixar de amar-te seria
Como remover uma parte de mim,
Meu coração!
Hoje, quanto te vejo pensativa
Olhar distante, perdido
Até sei no que estás pensando:
Querias que voltasse o passado,
Só para dar-me teu colo.
Que pena eu ter crescido!!!
Antonia NeryVanti (Vyrena)
Enviado por Antonia NeryVanti (Vyrena) em 11/05/2019
Alterado em 19/07/2020
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