VARAL DO TEMPO

Pela janela

Do pensamento,

Olhei para o passado.

Percebi pendurados,

No varal do tempo.

Muitos de meus sonhos

E, uma variedade,

De lembranças

Que, lá, por mim,

Ficaram esquecidas.

Abri as asas da alma

Voei através dos tempos

Para recolhê-las,

Relembrá-las e,

Quem sabe, realizar

Alguns sonhos não realizados

Revivendo-os

Em minha memória cansada.

Dentre as lembranças,

As boas, embrulhei-as

Em papel dourado,

E guardei-as

Na gaveta da saudade.

Aquelas que me doeram,

Magoaram e machucaram,

Triturei-as, enviando-as, todas

Para os confins da memória,

Para nunca mais relembrá-las.