Sabiazinho
No gramado de meu jardim
O saltitante sabiazinho
Cata com cuidado
As sementinhas perdidas por ali.
Feliz, ele parece,
Apesar de ter caído do ninho,
Ficando órfão, sem ter dos pais,
O carinho merecido.
Suas asinhas, para alçarem voo,
Não possuem, ainda, a necessária força.
Sempre atento
A estranhos ruídos e movimentos,
Saltita, saltita, contente,
Ocultando-se entre pequenos arbustos,
Levando, assim, sua vida
De solitário passarinho.
Dentro de pouco tempo,
Ele alçará seu primeiro voo
E não mais o verei,
Entre as plantas do jardim.
Sentirei sua falta,
Mas sei que feliz ele estará,
Planando pelo espaço,
Enquanto entoa seu mavioso canto,
Cumprindo, assim,
O destino que Deus lhe concedeu.
Enviado por Antonia NeryVanti (Vyrena) em 10/08/2020
Alterado em 16/08/2020