Tempos de criança
Andando pelos estreitos caminhos
Atapetados de verde capim...
Vem a saudade de minha infância
Surgem lembranças
Que ficaram em mim.
O cheiro da grama molhada...
Das flores silvestres...
Das frutas colhidas e degustadas
Ali mesmo debaixo do pé...
Os mergulhos no rio
Que me ensinou a nadar.
O gosto da água pura
Sem nada a contaminar.
Saudade das brincadeiras
Nas poças d'água
Que a chuva formou.
A roupa suja de barro
Pelos tombos que se levou.
A chegada em casa...
Toda enlameada...
Tentando fugir da bronca materna...
Que se sabia...
Por certo viria...
Seguida de umas boas varadas!
O cri-cri dos grilos
E o pisca-pisca dos vaga-lumes
Ao anoitecer.
O jantar à luz do lampião.
O deitar cedo...
Para acordar ao amanhecer.
Isso tudo...
Me veio à lembrança...
Ao voltar aqueles caminhos
Que percorri
Em meus tempos de criança!
Imagem do google
Reeditada
Antonia NeryVanti (Vyrena)
Enviado por Antonia NeryVanti (Vyrena) em 03/10/2020