Para mim, não é fácil,
vem-me logo à lembrança
aquela que meu deu a vida
e,que há tanto tempo partiu,
deixando em mim uma saudade
que nunca acabará.
Uma saudade chicoteando
meu coração como um látego cortante.
Minha amada mãezinha,
tão pequenina e franzina,
mas de uma força descomunal,
para cuidar de seus rebentos.
Um amor , sem igual,
um amor incondicional
que ela dividia entre os quatro que Deus lhe deu.
Uma vez sequer, a ouvi lamentar,
ou gemer de dor.
Sempre pronta a consolar-nos,
em nossos rompantes de mágoa,
muitas vezes, sem fundamento.
Curando nossas feridas, quando
nos feríamos nas brincadeiras de criança,
ou passando noites em claro
quando ficávamos enfermos.
Minha mãezinha. querida
se pudesse ver-me, de onde está,
perceberia que muitas vezes, acordo chorando,
com saudade de seus carinhos, e dos conselhos
que chegavam , sempre na hora certa.
Sinto não ter feito mais por ela,
além de dar-lhe meu amor filial
e os cuidados que me foram possíveis
no final de sua vida.
Pelo que lembro, nunca me
pediu nada em troca,
do muito que fez por mim.
Minha mãezinha, foi, para mim ,
o exemplo de mãe no mundo.
Por isso, hoje, tento seguir seu exemplo
de amor maternal.
Antonia Nery Vanti (Vyrena)
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