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SELVA DE PEDRAS
Selva de pedras
Cidade nua,
De alma crua,
Vazia de sentimentos.
Redemoinho de seres errantes
Que não vêem,
Não ouvem , não sentem
A voz e o apelo
De seus semelhantes!
Selva de pedras,
Escura e fria!
Multidão anônima
Que, se debate, no dia a dia,
Em correria
Pra sobreviver!
Selva de pedras,
Cimento armado,
Por todo lado,
Tentando alcançar o céu.
Selva, onde o grande
Engole o pequeno,
Onde o "Nós"
Deu lugar ao "Eu"...
Selva de pedras,
Onde rosnam feras
Em forma de máquinas,
Espalhando fumaça,
Espantando a massa
Que foge assustada,
Asfixiada,
Desesperada,
Pobres formigas dispersadas...!
Antonia Nery Vanti (Vyrena)
Direitos autorais reservados®
Escrito em 1982
Imagem do Google
Antonia NeryVanti (Vyrena)
Enviado por Antonia NeryVanti (Vyrena) em 22/07/2022
Alterado em 23/07/2022
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